1.18.2010

Entrevista a Pedro Santana Lopes


A credibilidade é a coerência entre o que se pensa, o que se diz e o que se faz. Obra? Tenho no país todo. Gostava de saber qual é a obra que têm para apresentar as outras pessoas nomeadamente as que falam em credibilidade. Tenho obra no Porto, no Minho, em Bragança, e no Algarve. Falo em teatros, bibliotecas públicas e arquivos distritais. Tenho obra na Figueira e em Lisboa (...) Essas senhoras e senhores passam a vida a dizer que fazem mas depois não fazem. Chegam ao poder e dizem que não podem fazer o que dizem. É muito bom falar mas onde está a sua obra? Espero que, um dia, Pedro Passos Coelho se candidate a uma câmara. Procurarei dar-lhe essa oportunidade se ele estiver disponível para isso. Ganhe-a e faça a sua gestão. Mas candidatou-se à Amadora e não ganhou. Candidatou-se duas vezes à Distrital de Lisboa e não ganhou. E depois de 4 ou 5 anos de acabar o seu processo de formação quer ser primeiro-ministro? (Excerto da entrevista)

Falácias

"Obra? Tenho no país todo, (...) Tenho obra no Porto, no Minho, em Bragança e no Algarve. Falo em teatros, bibliotecas públicas e arquivos distritais. Tenho obra na Figueira e em Lisboa (...)"

Falácia informal de generalização precipitada. Pedro Santana Lopes conclui que tem obras em todo o país com base em algumas obras que fez nos curtos mandatos que exerceu. Alguns deles, como é o caso da Câmara de Lisboa, não os exerceu até ao fim. É um exagero dizer que tem obras no país todo. O facto de ter posto em prática alguns projectos não lhe permite concluir que tem obras em todo o Portugal.

“... Falo em teatros, bibliotecas públicas e arquivos distritais...”

Neste exemplo, também podemos reconhecer uma falácia de amostra tendenciosa. Quando Santana Lopes refere teatros, bibliotecas públicas e arquivos distritais dá a ideia do que tudo o que existe desta natureza foi feito por ele. A amostra é tendenciosa porque não representa o universo de obras públicas de Santana Lopes, que é certamente, meia dúzia de obras.

“... Essas senhoras e senhores passam a vida a dizer que fazem mas depois não fazem...”

Nesta frase polémica, Pedro Santana Lopes refere-se a senhoras e senhores, mas não refere nomes. Estamos perante uma falácia de omissão de dados relevantes, que neste caso são nomes concretos. Ele acusa alguém de não cumprir as promessas, mas não especifica quem são essas pessoas.

Pedro Ferreira 11ºH Nº20

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